A crise de talentos na hospitalidade não é mais segredo para ninguém. O setor está gritando por inovação! No último ano, a taxa de turnover no segmento de foodservice no Brasil atingiu impressionantes 74%, enquanto o setor hoteleiro global registrou uma média de 30%.
Mas para onde estão migrando esses profissionais da hospitalidade?
A Migração para o Trabalho Autônomo
O que observamos é um movimento crescente de migração dos profissionais para o trabalho autônomo, deixando os empregos formais em busca de maior flexibilidade no trabalho. Esta tendência é impulsionada pela possibilidade de ganhos diários e pelo controle mais autônomo sobre os horários e rendimentos, satisfazendo a demanda por salários mais altos e condições de trabalho adaptáveis.
E quem está ganhando com isso? Os apps de carona e delivery! O setor de hospitalidade está literalmente servindo seus profissionais no prato para a concorrência. Essa movimentação é evidenciada pelo índice de 34% de desligamentos voluntários no Brasil em 2023.
De acordo com um estudo da Gallup, 63% das pessoas priorizam empregos que proporcionem uma melhor qualidade de vida e um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal.
Diante desse cenário, é essencial que restaurantes e hotéis adotem estratégias inovadoras para reter seus talentos. Afinal, a satisfação dos colaboradores é fundamental para assegurar a felicidade dos clientes.
Preparado para uma revolução? Vamos desvendar por que seus melhores garçons estão preferindo dirigir Uber e como você pode evitar os altos índices de turnover no seu negócio. Boa leitura!
Adeus, emprego formal!
A alta rotatividade de funcionários é um grande desafio para a indústria da hospitalidade, mas a busca por trabalho autônomo não se limita a este setor. Esse fenômeno está se espalhando por várias áreas, impulsionado pelo aumento do burnout e pela mudança nas expectativas dos trabalhadores após a pandemia, que agora valorizam mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Os jovens de hoje não querem mais lidar com ambientes de trabalho rígidos ou métodos ultrapassados. E, embora existam vários motivos para alguém deixar seu emprego, três razões são especialmente comuns:
1. Falta de flexibilidade no trabalho
Na indústria da hospitalidade, os horários de trabalho são geralmente definidos pelos gerentes ou supervisores, muitas vezes sem aviso prévio. Isso pode ser problemático para o caso de compromissos pessoais ou até responsabilidades familiares, como cuidar de crianças.
Conseguir uma folga de última hora ou encontrar alguém para cobrir um turno pode ser difícil, especialmente quando o problema do absenteísmo é algo que faz parte da realidade do negócio, como acontece nos segmentos de foodservice e hotelaria.
2. Estagnação Salarial
Conforme o custo de vida aumenta, os salários na hospitalidade muitas vezes não acompanham esse ritmo, causando sentimentos de desvalorização entre os funcionários. Por outro lado, o trabalho autônomo oferece a possibilidade de ganhos maiores e mais controle sobre os horários e tarifas, o que pode ser mais atraente para muitos.
3. Esgotamento e Carga de Trabalho
A hospitalidade é conhecida por exigir muito de seus trabalhadores, com longas jornadas e horários desafiadores que frequentemente comprometem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Tanto gerentes de recepção de hotéis quanto garçons de restaurantes enfrentam demandas físicas e mentais intensas, muitas vezes permanecendo em pé por longos períodos.
Em um contexto como esse, o trabalho autônomo se torna uma saída para conseguir alcançar uma vida mais saudável e equilibrada.
Como reter talentos no setor de hospitalidade
Você já percebeu que a flexibilidade no trabalho é essencial para atrair e manter as novas gerações de trabalhadores, não é? Incorporar estratégias da gig economy pode ser exatamente o que você precisa para manter talentos valiosos na sua equipe.
Confira três táticas inovadoras que ajudarão a gerenciar melhor seus talentos e a reduzir a rotatividade de pessoal com eficácia:
Flexibilidade: o novo mantra para prender talentos!
A “gig economy” ou o trabalho autônomo destacam-se principalmente porque permitem que as pessoas escolham seus próprios horários e projetos. Esse nível de flexibilidade está se tornando cada vez mais atraente para a nova geração de trabalhadores.
Embora a indústria da hospitalidade tradicionalmente não ofereça tanta flexibilidade no trabalho quanto outras carreiras, é possível introduzir mais agilidade e autonomia no dia-a-dia dos seus colaboradores. Uma maneira de fazer isso é oferecer turnos divididos ou adotar softwares de agendamento que permitem aos colaboradores gerenciar e trocar seus turnos independentemente.
Esta autonomia é exatamente o que muitos jovens buscam em um emprego hoje. De acordo com uma pesquisa recente, 33% dos jovens da Geração Z afirmam que não trabalhariam para uma empresa que não lhes permita ter voz ativa sobre seus horários de trabalho. Além disso, 1 em cada 4 jovens diz que se dedicaria mais e permaneceria por mais tempo em uma empresa que oferecesse maior flexibilidade.
Invista na carreira do colaborador
O trabalho autônomo atrai muitos pela chance de trabalhar de forma independente, um aspecto especialmente valorizado pela Geração Z, que busca crescentemente por independência e flexibilidade no trabalho. Para competir com o apelo ao empreendedorismo característico da “gig economy”, é crucial oferecer caminhos bem definidos para o crescimento profissional.
Desenvolva planos estruturados que detalhem como e quando as promoções podem ser alcançadas. Invista em programas de capacitação que ofereçam treinamento avançado e assegure-se de comunicar claramente essas oportunidades à equipe.
Proporcionar mentoria e fomentar o empoderamento dos colaboradores são abordagens eficazes para intensificar o vínculo dos profissionais com suas carreiras, aumentando sua motivação e comprometimento com a empresa.
Criar uma experiência de pagamento rápida e independente
Seus colaboradores desejam um acesso rápido e digital aos seus ganhos. Uma pesquisa revela que 83% dos trabalhadores gostariam de poder acessar seu salário ao final de cada dia de trabalho, e 95% estaria disposta a trocar de emprego por um que ofereça o salário sob demanda como benefício.
Quando o pagamento é feito através de métodos tradicionais, como cartões com restrições de uso ou altas taxas, o que deveria ser um benefício torna-se um problema financeiro. A falta de inovação e tecnologia nos sistemas de pagamento pode repelir os melhores talentos da indústria da hospitalidade, que buscam mais flexibilidade e a possibilidade de receber seus ganhos de forma imediata, diretamente em seus smartphones.
Modernizar e acelerar a experiência de pagamento não apenas melhora a satisfação dos colaboradores, mas também pode ser decisivo para manter seus melhores talentos, evitando que busquem oportunidades em lugares que ofereçam maior flexibilidade no trabalho e pagamentos mais rápidos ou até mesmo que troquem de emprego para se tornarem autônomos.
A implementação do salário sob demanda, um produto da nossa empresa, pode ser uma solução estratégica para oferecer essas vantagens competitivas, reforçando a proposta de valor para seus funcionários e contribuindo para uma maior retenção de talentos
Conclusão
À medida que a indústria da hospitalidade enfrenta desafios crescentes na retenção de talentos, torna-se essencial adotar estratégias inovadoras e flexíveis. Está na hora de mudar o jogo!
Vimos como a flexibilidade de horários, o investimento no desenvolvimento de carreira e a modernização dos sistemas de pagamento são cruciais para atender às expectativas das novas gerações de trabalhadores.
Além disso, a implementação de uma experiência de pagamento rápida e independente, como o salário sob demanda, pode ser um diferencial competitivo que ajuda a reforçar a satisfação dos colaboradores, além de contribuir para uma maior retenção de talentos. Fale com um de nossos especialistas!
