Você sabia que o Brasil é destaque global em termos de rotatividade de colaboradores? Isso coloca a “retenção de talentos” como uma prioridade absoluta nas empresas, especialmente no cenário atual onde a taxa de rotatividade alcançou 56% e 42% dos colaboradores buscam ativamente por novas oportunidades.
No setor de foodservice, o desafio é ainda maior, com a rotatividade atingindo 72% em 2023, conforme dados da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).
Frente a esses números, uma coisa é certa: as equipes de RH são cada vez mais desafiadas a inovar e desenvolver estratégias de retenção de talentos eficazes.
Este artigo aborda estratégias para aprimorar a retenção de talentos no foodservice. Boa leitura!
Desafios da Retenção no foodservice
O setor de foodservice enfrenta desafios únicos na retenção de talentos, e é conhecido por suas exigentes jornadas de trabalho e ambientes de trabalho estressantes.
A situação no país é crítica: em 2023, 39% das rescisões foram por iniciativa do próprio colaborador, o que reforça a importância de estratégias eficazes para manter esses profissionais “dentro de casa”.
Mas como as empresas podem reter talentos de maneira eficaz e sustentável?
Alinhamento cultural entre colaborador e empregador
Um aspecto crucial para o sucesso na retenção de talentos nas empresas é o alinhamento cultural.
Segundo Alex Apter, CEO e Co-founder da WORC, startup voltada para a empregabilidade no setor de foodservice, um aspecto crucial para o sucesso na retenção de colaboradores é o alinhamento cultural: “Quando pensamos nas grandes empresas, existe uma preocupação muito grande com relação a criar uma cultura de empresa forte, mas no foodservice esse aspecto do negócio muitas vezes é negligenciado”, diz Alex.
“Geralmente o que acontece quando um colaborador se demite é que você tenta preencher aquela vaga o mais rápido possível para não perder a oportunidade de faturar no seu negócio, e assim você acaba contratando um colaborador sem que ele passe por um processo assertivo de contratação”, completa.
É justamente esse cenário que contribui para a deterioração do clima organizacional, impactando negativamente na cultura da empresa.
Adotar a estratégia de “contratar devagar, demitir rápido” ressalta a importância de selecionar candidatos que não apenas atendam às necessidades imediatas da empresa, mas que também compartilhem de seus valores e visão de longo prazo. Esse cuidado no processo de contratação é decisivo para transformar positivamente a retenção de talentos no seu negócio.
Priorizando as Necessidades dos Colaboradores para Retenção de Talentos
No foodservice, onde a diferenciação salarial muitas vezes é limitada, entender e atender às necessidades reais dos colaboradores torna-se essencial para a retenção de talentos.
A dica aqui é ter um olhar empático sobre a realidade do colaborador! Afinal, colocar essas necessidades no centro das estratégias de RH é o primeiro passo para criar um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados e reconhecidos.
Absenteísmo: como lidar?
Quando o assunto é a rotatividade de colaboradores existe um tema que ganha destaque: o absenteísmo. Mais do que um sintoma de problemas individuais, o absenteísmo frequentemente reflete questões mais profundas dentro do ambiente de trabalho.
Para enfrentar esse desafio de forma efetiva, é crucial ir além das tradicionais abordagens punitivas. Uma boa prática é adotar políticas claras
“O assunto do absenteísmo é algo delicado, pois a primeira reação é querer punir ou oprimir o colaborador. E esse é o caminho mais fácil de criar um clima ruim no ambiente de trabalho, gerando um problema cultural e de rotatividade enorme”, diz Alex.
Nesse sentido, implementar políticas de assiduidade claras e equitativas deve ser o primeiro passo para evitar o problema do absenteísmo. Lembre-se que um pilar importante da retenção de colaboradores é garantir que cada colaborador se sinta genuinamente valorizado e parte integrante da equipe.
Criar esse ambiente positivo envolve não apenas reconhecer e recompensar a presença e o empenho, mas também compreender e abordar as causas fundamentais do absenteísmo.
Vale lembrar que, ao criar um canal de comunicação transparente e direto com o colaborador, é possível transformar o desafio do absenteísmo em uma oportunidade para fortalecer a lealdade e o comprometimento da equipe, reduzindo assim a rotatividade e fomentando um ambiente de trabalho mais produtivo e harmonioso.
Flexibilidade é o nome do jogo
E quando o assunto são as necessidades do seu colaborador, a flexibilidade tornou-se um critério chave na hora de escolher um novo trabalho – especialmente após o período de pandemia. Um levantamento feito pela Swile revelou que os profissionais que fazem parte das gerações Y (34,8%) e Z (38%) são os grupos que mais priorizam essa modalidade.
A explosão de novos métodos de pagamento introduzidos na última década mudou a forma como as pessoas pagam por bens e serviços e, principalmente, como gerenciam seus gastos e finanças.
Essas tendências de consumo influenciam diretamente na forma como os colaboradores desejam receber e gerenciar seu salário. A verdade é que, neste novo contexto, a espera até o próximo ciclo de pagamento já não se alinha às expectativas e necessidades atuais dos trabalhadores.
A solução pode estar em benefícios modernos que permitem aos colaboradores acessar seus salários de forma mais flexível, conforme os dias trabalhados. Essa prática, que já é comum em países como Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, não só valoriza o esforço imediato do colaborador, mas também contribui positivamente para que o seu colaborador tenha maior segurança e tranquilidade financeira.
“O que aprendemos é que o principal uso dessa ferramenta do salário sob demanda é para lidar com emergências e gastos essenciais, como por exemplo despesas com farmácia, alimentação e para manter as contas da casa em dia (aluguel, luz, água, etc)”, diz Mafalda Barros, Economista e COO e Co-founder da Quansa.

Em um país no qual 74% das pessoas empatam ou gastam mais do que ganham, o conceito do salário sob demanda tem ganhado destaque como uma solução eficaz para a retenção de talentos.
Conclusão
A retenção de talentos no setor de foodservice exige abordagens inovadoras que considerem as necessidades e bem-estar dos colaboradores. Estratégias eficazes de retenção são fundamentais para que as empresas não apenas atraiam, mas também mantenham seus talentos motivados e engajados.
Neste cenário, a Quansa emerge como um parceiro estratégico para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar, ao navegarem pelos desafios da gestão de talentos.
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